Meu currículo interativo.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Por que desenhar é tão importante????

Eu separei um trecho do meu TC, que foi sobre as artes plásticas no desenvolvimento das crianças de dois a seis anos.

O desenho como forma de expressão.


“Criar é tão difícil ou tão fácil como viver.
E é do mesmo modo necessário.”( Ostrower,1977, p.166)

A importância da arte para a humanidade pode ser identificada através da
própria história. A arte nasce a partir da necessidade humana de se expressar. Hoje, podemos relacioná-la de forma abrangente, com determinado momento histórico de uma época, seus costumes, tradições e cultura. O ser humano cria e representa o mundo por intermédio da arte.
A arte é um fenômeno comum desde as mais primitivas ás mais civilizadas culturas. Tudo o que restou de nossos antepassados foi sua arte. O homem sempre produziu arte, desde o desenho nas cavernas até pinturas em seu corpo, sendo que a arte acompanha o homem até hoje.
Houve um tempo, bem depois da pré-história em que aprender a desenhar, a pintar, se expressar, era um instrumento inerente á formação de uma criança ou jovem, porém, nesse período, a educação era destinada a uma minoria da população, conseqüentemente, os filhos dos burgueses, da elite.
Diferentes autores influenciaram de maneira significativa o ensino da arte
no século XX no Brasil. Entre eles destacamos:

[...] John Dewey (a partir de 1900) e Viktor Lowenfeld (a partir de 1939), na Inglaterra. Com a publicação de seu livro Educação pela Arte (traduzido em vários países), Read contribuiu para a formação de um dos movimentos mais significativos no ensino artístico. Influenciado por este movimento no Brasil, Augusto Rodrigues liderou a criação de uma escolinha de arte, no Rio de Janeiro (em 1948) estruturada nos modelos e princípios da educação através
da arte (FERRAZ; FUSARI, 1992, p.31).

Antigamente o estudo da arte era desenvolvido de forma fragmentada, era vista como uma atividade de descanso, diferente dos outros conhecimentos que eram ditos como “nobres”, esquecendo ou desconhecendo que a aprendizagem dos educandos envolve muitos aspectos.
A aplicação da arte na sua totalidade, quando feita com responsabilidade e valorização, concede ao aluno uma grande abertura criativa, o que pode ajuda-lo nas diferentes situações por ele desenvolvidas, não só no terreno artístico, mas também nas demais funções escolares.
Acreditamos que o oferecimento de uma formação de forma mais abrangente, ligando os conhecimentos artísticos com os conhecimentos específicos de Educação Infantil, pode, de forma mais completa, atingir os objetivos a que se propõe a Educação Infantil, principalmente, o desenvolvimento da criança em sua totalidade.
A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética que caracterizam um modo propício de ordenar e dar sentido à experiência humana: o aluno desenvolve a sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1997).

O livre arbítrio da criança no desenho dá a ela a liberdade de fazer relações com o meio em que vive e se comunicar também através dele, mostrando se gosta ou não de certa coisa ou pessoa. Essa liberdade de expressão lhe proporciona a oportunidade de descobrir o mundo e explorar o seu próprio eu.
O desenho para a criança serve como um amigo a quem ela conta tudo. Quando algo a aborrece ou entristece, a mesma vê no desenho uma forma de explicar o que passa em sua mente; as linhas no papel se tornam um desabafo a algum problema ou situação que a criança não consegue explicar com palavras.
A capacidade de pensar de forma independente e inventiva favorece sua visão de mundo melhor do que uma criança que não vive essa experiência de se comunicar através da arte ou porque não teve chance ou por causa da interferência de outra pessoa. 


A interferência do outro no desenho da criança.

O auxilio do educador deve ser com um provocador, que faz perguntas, questiona e problematiza as situações para maior entendimento da criança.
A sua interferência de outro modo pode prejudicar sem que o mesmo perceba.
O educador não pode determinar ou modificar o desenho que o aluno fez, essa interferência pode ser negativa ao olhar da criança, pois a mesma irá crer que o seu desenho não esta bom e se achar inferiorizada por isso.
O professor deve ajudar as crianças na exploração de sua criatividade, o mesmo deve estimular a criança e nunca critica-la, pois sua criatividade e desenho não devem ser avaliados como obras de arte, e sim, como algo que o aluno quer mostrar.
O ato de ajudar do professor só poderá ser realizado mediante solicitação do aluno, pois o mesmo deve desenhar, pintar, modelar, montar, para expressar-se através da arte de ser criativo.
O aluno não deve ser exposto a desenhos prontos, estereotipados, e sim, a imaginar os desenhos e elabora-los, mostrando assim a sua imaginação e sentindo-se importante e valorizado pela sua criação.
Nunca se deve interromper ou proibir  manifestações de criação espontânea da criança, tais manifestações levam a um amadurecimento e desenvolvimento de acordo com o ritmo da própria criança.
Nas primeiras fases da garatuja, nenhuma motivação especial é necessária, exceto a de propiciar à criança os materiais adequados (esses que serão citados no próximo capitulo) e deixar ela se expressar. Durante essa etapa a criança necessita experimentar e sentir sensações sinestésicas, os materiais utilizados devem propiciar essa necessidade.  

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